terça-feira, 27 de agosto de 2013

Porque a primeira resposta é sempre a certa

Passaram-se meses sem partilhar quer latitude ou longitude com Ele. Nos únicos cinco dias que acabámos por estar na mesma localização geográfica ele quis ir tomar café comigo e com o resto do grupo.
Quando recebi a mensagem a minha primeira resposta mental foi "não!". Acabei por ir, se eu não fosse mais ninguém iria.
Não queria ir tomar um café a quatro, não queria ouvir as histórias dele, não queria conversar com ele. Apenas queria ver a minha reacção perante a sua presença. Quando o vi ao longe, alto e magro, não senti nada. Ele estava ali desarranjado, básico e sozinho, e eu estava no topo de uns brutais saltos altos, num dos vestidos brancos mais bonitos que tenho e a sentir-me perfeitamente confiante e segura. Ele não, estava receoso e desconfortável. Um desconforto de quem está ali perante três amigas perfeitamente desiludidas com ele.
Fiz por juntar ao grupo mais quatro pessoas, ficámos tão longe na mesa quanto longe estamos actualmente. Só me levantei quando precisei de ir falar com a pessoa sentada ao lado dele. Não dialogámos, ele fez-me perguntas e eu dei respostas.
Depois veio o desastre, claro a noite estava-me a correr bem. Numa daquelas confusões tipicamente nossas eu e a S. acabámos por ficar sem boleia para casa. A quem é que tivemos que recorrer? Está-se mesmo a ver não está... foi certamente uma das viagens mais humilhantes que já fiz nesta vida. Ter que pedir um favor a uma pessoa que duas horas antes estava a desprezar foi uma f*da daquelas!

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