terça-feira, 11 de junho de 2013

Das coisas que se perde...

Aqui só é mesmo a secção dos perdidos. A dos achados não sei, talvez se tenha perdido também... Não sei o que se passa mas de um momento para o outro comecei a sentir que algumas coisas me estão a desaparecer. Assim mesmo à minha frente, por entre os dedos. E quanto mais tento agarrar, mais tudo me escapa.
Sinto-me impotente, cansada de tanto remar contra a corrente. Primeiro foi Ele, fomos nós, a nossa amizade, o nosso grupo de amigos. Tentei não desistir, apanhei os cacos todos e tentei colar tudo no sitio. Mas há coisas quando se partem nunca mais se reconstroem, fazer o que...
Depois foi a R., minha colega há tantos anos, e amiga mais recentemente. Aquela pessoa com quem eu passava horas, dias, semanas seguidas e nunca me fartava. E se eu me farto de passar muito tempo com as pessoas... A alegria dela, a boa vontade e a determinação eram e são uma inspiração. Aos poucos comecei a perde-la, quase sem perceber. Um dia era por isto, outro por aquilo e os dias foram passando, as semanas e os meses e nunca mais nos vimos. Já tentei, já disse, já fiz tudo para tentar estar com ela, e nada. Mal responde, desvia-se, diz que não se passa nada. Fazer o que... só podemos ajudar quem quer se ajudado e até lá é ter paciência e esperar.
Mais recentemente perdi a motivação com a tese. Não me apetece, estou farta de escrever. É tão aquela sensação do andar, andar e não chegar a lado nenhum. Não fosse a companhia de alguns amigos e estava perdida... literalmente!
E depois são as coisas que se vão perder num futuro próximo, a minha irmã para a Hungria, a minha prima para os Estados Unidos.
De repente começa a instalar-se um vazio que eu não sei como preencher.

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