O fim da linha
Quando ontem jantava com a minha irmã a bela feijoada que ela trouxe de casa ( ohh maravilhosa comida feita pela nossa mãe...) Levada pelo jogo da selecção e pelo jantar nem percebi bem a dimensão da conversa que tivemos.
Se há 6 meses ela tivesse dito que ia casar e sair do país eu tinha-me rido desalmadamente na cara dela, se me tivesse dito que não acredita mais nisto tudo eu ia pensar que ela estava a ter um dia mau. Não, ela como muitos outros já perdeu a paciência, já chegou à fase em que não vê futuro e que começa a preparar uma saída que nas palavras dela é "para nunca mais voltar"
Ninguem gosta de trabalhar e chegar ao fim do mês e receber uma miséria ou não receber nada. Ninguem quer ficar a viver num país onde a situação se deteriora de dia para dia. Ninguem fica num país que não augura nada de bom para os próximos tempos.
Eu, eu fico triste porque vejo mais duas pessoas próximas a ir embora. E o país devia ter pena porque vai perder duas pessoas de fibra, inteligentes e cheias de vontade de trabalhar...
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